
A luta pela liberdade acompanhou todo o período da escravidão. As fugas, a formação dos quilombos e a rebeliões expressam algumas das múltiplas formas da resistência negra.
No entanto, no final dos anos 1860, o Brasil encontrava-se isolado no panorama internacional como nação escravista. A saída conservadora materializou-se pela tentativa da abolição gradual por meio da Lei do Ventre Livre (1871) e da Lei dos Sexagenários ( 1885). Com efeito, a partir de 1880, o movimento abolicionista adquire forma, recrutando diversos grupos sociais de tendências igualmente diversificadas. Assim, quando o movimento pela abolição ganhou destaque no meio parlamentar, na imprensa e nas classes médias urbanas, a resistência escrava, especialmente as fugas, antes consideradas crimes, passou a ter legitimidade. Sobre esse contexto, nunca é excessivo lembrar que negros e negras lutavam pela liberdade muito antes da ação dos abolicionistas.
Por isso, não podemos reduzir o processo de abolição, seja pela celebração de uma princesa redentora, seja pela ação isolada de ilustres abolicionistas dos centros urbanos. Ainda que reconheçamos a ação central de personagens, como por exemplo Luiz Gama, jurista negro e ex-escravizado que defendeu um modelo de abolição que se responsabiliza- se com os destinos da população liberta após a abolição.
Ademais, havia uma rede abolicionista mais próxima do mundo das senzalas. Desse modo, o 13 de maio é uma data que nós da rede de historiadorxs negrxs aproveitamos para rememorar a luta coletiva negra pela liberdade, bem como denunciar os efeitos do modelo abolicionista vencedor que negou cidadania para população negra recém liberta, cujos efeitos ainda se fazem no presente.
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Eddie Junior
Radialista à 20 anos na Região Metropolitana de Campinas , Jornalista
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