sáb. jul 27th, 2024
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Foi uma mulher negra alforriada, portanto livre que exercia seu  trabalho como quitandeira no Rio de Janeiro. Em julho de 1811, como era de costume Eva Maria estendia seu tabuleiro na antiga rua da Misericórdia no centro do estado carioca,  a renda dela naquele período era  pela venda de couve e bananas , cujo a boa parte do dinheiro de suas mercadorias acabavam com o  patrão escravocrata.

Rua da misericórdia, centro do Rio de Janeiro.

Neste data em específico, Eva foi perturbada por uma cabra que  passou por ela e comeu os seus produtos a quitandeira ainda na tentativa de pegar seus produtos foi atrás do animal e deu-lhe uma surra, desconhecendo que o tal animal pertencia ao Dom Pedro I.  O amigo do príncipe e  funcionário  responsável pelo animal ficou furioso com a situação estapeou a mulher , diga-se de passagem uma atitude comum naquele período.

Grupo de negros em rente á igreja de São Gonçalo. Gravura de Luis Schlappriz, 1863( BLIBIOTECA NACIONAL,2004) Acervo Blibioteca Nacional

Atípico foi a reação de Eva Maria e das outras pessoas que participaram no decorrer do tempo num processo para colocar o agressor na cadeia, diante da justiça e com muitas testemunhas a seu favor, Eva Maria do Bonsucesso ganhou a causa .  Esse foi o destino de José Inácio de Souza, um homem branco que foi parar atrás das grades.

mulheres negras quitandeiras no rio de janeiro

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Noemy Ariane Tomas

Noemy Tomas, militante negra, cientista social em formação pela PUC Campinas.
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By Noemy Ariane Tomas

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