Di Melo, “O IMORRÍVEL”, Roberto de Melo Santos, Pernambucano, nascido em 22 de abril de 1949. Músico, compositor, ator, artista plástico e escritor, criador de um super álbum nos anos 70 que leva seu próprio nome. Colecionadores do mundo pagam bem por esta belíssima obra;
É um dos discos de Soul brazilian, fundamental na estrutura e no alicerce da black music brasileira, lançado pela Gravadora EMI-Odeon em 1975.
Este álbum tem uma história e personagens magníficos, como Milton Banana, um dos maiores baterista de Bossa Nova, Hermeto Pascoal outro monstro da música mundial e Heraldo do Monte, instrumentista e arranjador pernambucano, entre outros.
Di Melo saiu do Recife, de uma família muito musical, onde mãe e pai eram envolvidos com música. Como ele mesmo disse em entrevista já nasceu cantando e tocando, mas antes da gravação do seu primeiro álbum ele andou muito e tocou até em campanhas de marketing da Ducal Roupas em caravanas.
Conhecido do Vanderlei organista que tocava com Roberto Carlos, ele foi apresentado a Jorge Ben que indicou Roberto Colossi, que logo o preparou para parcerias assinando músicas com Jair Rodrigues e Wando. Seu nome artístico nessa época era Bob di Melo.
Nos anos 70 ele andou até pelo Japão, ficando por lá por um ano e meio. Quando volta para o Brasil a cantora Alaíde Costa o apresentou para diretor da EMI-Odeon Moacir Meneghini Machado, assim não perdeu essa oportunidade importante e a abraçou com força. Daí em diante sai do anonimato surgindo oficialmente para o mundo.
PRIMEIRO ÁLBUM DA CARREIRA EMI-ODEON 1975.
Lado A | Lado B |
Kilariô | Pernalonga |
A vida em seus métodos diz calma | Minha estrela |
Aceito tudo | Se o mundo acabasse em mel |
Conformópolis | Alma Gêmea |
Má-lida | João |
Sementes | Indecisão |
A alcunha foi ganha após ficar muito tempo sumido depois de um grave acidente em que teve que se recuperar para ganhar os movimentos. Neste evento, Melo com umas biritas a mais dirigindo sua motocicleta encontra em seu caminho dois caminhões que vinham em suas mãos. Diante disso, Melo pula de uma ponte se jogando se seu veículo. Como sua internação foi longa e longe dos holofotes surgem boatos a boca pequena que ele tivesse morrido. Daí então, o apelido “Imorrível”
Algumas fontes diziam que ele estava morto, quando um amigo e jornalista inglês lhe informou que a mídia propagava, que ele estaria morto o próprio Di Melo disse que esqueceram de avisar-lhe. Depois da recuperação voltou vivão e no final dos anos 90 saiu em turnê na Ásia acompanhado com a Banda de Belchior. Em 2002 seu primeiro álbum é relançado em CD. Nessa ocasião vem o redescobrimento sendo o auge da aparição a participação no videoclipe da canção “Don’t stop the party” do grupo The Black Eyed Peas.
Dentre muitas aparições em 2015 ele grava um álbum chamado “Imorrível”’
Álbum com várias participações de Bnegão, Geraldo Vandré, Larissa Luz e Olmir Stocker. A segunda década do século XXI foi bem produtiva para Di Melo: um documentário, participações em festivais e gravações internacionais.
Di Melo é como a música preta: de acidentes e incidentes eles nunca morrem.
Sugestões link:
Documentário o Imorrível 2013