DOAÇÃOSegundo IPEN, a partir de segunda-feira, a fabricação destes medicamentos poderá ser suspensa
No dia 16 de Setembro, a Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) de todo o país fez contato com os Ministérios da Saúde e da Economia para buscar soluções diante da possibilidade de o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), suspender a fabricação de remédios contra o câncer por problemas financeiros, para a compra e contratações. A interrupção na compra dos insumos começou já na segunda-feira, dia 20.
O Ipen é responsável pela importação de radioisótopos da África do Sul, Holanda e Rússia assim como da compra no território nacional de insumos para produzir radioisótopos e radiofármacos. Além de utilizados para estudo e diagnóstico, os radioisótopos também são usados para o tratamento de diversas doenças, incluindo o câncer, bem como na radioterapia e diagnósticos por imagem.
De acordo com especialistas no tratamento de câncer, aproximadamente 2 milhões de brasileiros serão prejudicados com a interrupção dos tratamentos em todo o país.
Para o Jornal O Estado de S. Paulo (Estadão), o órgão notificou que devido ao cenário desafiador da pandemia o mesmo está fazendo todos os esforços para manter a produção dos medicamentos contra o câncer. Ainda segundo o Ipen , o instituto tem plena consciência dos problemas que a falta destes medicamentos provocam na vida dos pacientes e de seus familiares.
A possível interrupção na compra desses insumos não diz respeito apenas aos pacientes com câncer e seus familiares, mas a toda a população que deve se valer de suas obrigações enquanto cidadãos, para garantir dignidade e atendimento de saúde adequado para todos os brasileiros.